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Quem é Milla, homenageado pela FIFA?

Milla foi o mais velho a marcar um gol na história das Copas do Mundo de futebol, em 1994, nos Estados Unidos. Veja mais!

Veja a história de Milla
Veja a história de Milla

Milla é homenageado no Catar

FIFA reconheceu o destaque do ex membro da seleção camaronesa

Há 28 anos atrás, em 1994, na Copa do Mundo de futebol realizada nos Estados Unidos, o então jogador Roger Milla, representando a Seleção africana de Camarões, marcou um gol na partida contra a Seleção da Rússia. Infelizmente, sua equipe perdeu em uma goleada para os russos, por 6 a 1.

Mas o acontecimento representou um feito histórico. Que, até hoje não foi igualado ou superado por qualquer outro homem, mesmo tendo acabado mais 6 Copas desde então. A saber França 1998, Japão e Coria do Sul 2002, Alemanha 2006, África do Sul 2010, Brasil 2014 e Rússia 2018. Aos 42 anos naquele momento, tinha uma idade considerada elevada para um jogador. A emocionante e merecida homenagem.

Essa se deu com a entrega de uma bela e prateada placa comemorativa. Foi concedida em um estádio no Catar, Oriente Médio, onde está sendo realizado o torneio mundial de futebol masculino deste ano de 2022 da Federação Internacional de Futebol (FIFA), o vigésimo segundo da história, iniciado em 1930, no Uruguai

O camaronês, nasceu em 28 de maio de 1952, na capital de seu país (Iaundê), localizado no leste da África. Atualmente está com seus 70 anos de idade já está longe dos campos há algum tempo. Sendo uma verdadeira lenda viva, um ícone de um dos esportes mais amados do mundo.

O início da carreira da lenda

Nascido no seio de uma família que precisava se mudar constantemente, como uma espécie de nômades modernos. Isso por conta do emprego de seu pai em uma companhia de trens camaronesa. Milla demonstrou desde muito cedo o gosto por jogar futebol, tendo sido apelidado de Pelé – em referência ao jogador Edson Arantes do Nascimento um ícone mundial do esporte.

Enfrentou as dificuldades e começou a carreira no fim dos anos 1960 em sua terra natal, no time Eclair de Douala (ano de 1968). Logo nesses primeiros anos, foi campeão com o time Leopard de Douala por duas vezes. Nos anos de 1972 e de 1973, e em uma Copa de Camarões pelo time Tonnore Yaoundé, em 1974, ainda bem jovem, quando tinha 20, 21 e 22 anos, respectivamente.

Amadurecendo no esporte

Milla foi convidado para atuar no futebol da França em 1977, quando tinha 25 anos. Iniciou no time Valenciennes, e ficou no país até o fim da década seguinte (1988). Passou por diversas equipes nos campeonatos franceses ao longo do período (Mônaco, Bastia, Saint-Étienne, Montpellier e Saint Pierroise) ganhando duas Copas da França, nos anos de 1980 e 1981, pelo Mônaco e pelo Bastia.

Demonstrou talento para marcar gols e como auxiliar, ainda que por muitas vezes sendo colocado nos bancos de reserva, não alcançando todo seu potencial. Mas foi mesmo por sua nação que ele veio a brilhar, fazendo história, atuando em 105 partidas e marcando 28 gols ao longo de 21 anos, entre 1973 e 1994, passando por quatro Copas do mundo consecutivas (1982, 1986, 1990 e 1994).

A história de Milla é repleta de feitos históricos

No auge da carreira

No ano de 1984, na Costa do Marfim e depois em 1988, no Marrocos, Milla ajudou sua Seleção a se tornar bicampeã no Campeonato Africano de Nações. Entrando em uma grande fase após os 30 anos de idade, algo não tão comum à época, ganhando o apelido de Leão Indomável.

Ele também participou da Copa do Mundo de 1982. A primeira em que os camaroneses se fizeram presentes, realizada na Espanha, onde não chegou a marcar um gol. Mas ajudou sua equipe a se classificar e também a causar problemas para a futura campeã da edição, a Seleção Italiana.

Seus feitos se destacam na Copa de 1986 no México; e na Copa de 1990, realizada na Itália, aos 38 anos, quando a seleção de Camarões chegou até as quartas de final. Conseguiu derrotar a Argentina, campeã de 86, em uma partida, quando Diego Maradona ainda jogava, feito inédito na época.

O que colocou seu país em uma posição de destaque na história do futebol mundial. Hoje, a Seleção camaronesa se estabeleceu como uma das mais importantes de seu continente. É pentacampeã africana. Conquistou mais 3 títulos após a era de Milla (Gana e Nigéria 2000, Tunísia 2002 e Gabão 2017). Participou das Copas de 1998, 2002, 2010, 2014, 2018 e da atual, de 2022 no Catar.

A seleção mantem presença relevante no cenário mundial, e enfrentou o Brasil na sexta-feira 2 de dezembro, após uma derrota para a Suíça e empate com a Sérvia, dentro do grupo G. Por duas vezes Milla foi premiado com o título de melhor jogador de seu continente. A primeira em 1976, com 24 anos e a segunda em 1990, com 38. Em 1994, nos Estados Unidos, Camarões não foi tão bem quanto quatro anos antes.

Contudo pelo gol aos 42 anos, causa de sua homenagem agora em 2022, mais uma vez Milla se destacou. Depois da Copa do ano de seu recorde, ele continuou a jogar. Se aposentou 3 anos depois, em 1997, aos 45 anos de idade, finalizando a carreira por um time da Indonésia, na Ásia, o Putra Sumarinda. Alcançou a marca total de 839 jogos como jogador, tendo feito 468 gols (quase 0,6 por partida).

Aposentadoria e legado

Após toda essa impressiva carreira, Roger Milla passou ao longo das últimas décadas representando Camarões como embaixador em diversos eventos ao redor do mundo. Ajuda Organizações Não Governamentais (ONGs) da área futebolística e recebeu vários prêmios e homenagens.

Uma figura muito respeitada em seu país, tratado como uma “excelência”. Considerado um dos maiores representantes do futebol africano, continente carente em muitos aspectos econômicos, mas rico em talentos para diversas áreas.Ccomo no esporte, no futebol, fato que Milla ajudou a apresentar ao mundo, e em alegria, com culturas festivas.